Olhos de nebulosas, e corpo diluído de matéria, radiação eletromagnética, luz; ocupando todo o infinito, em milhões de dimensões... Não sei o que fui, sou, ou serei; e permaneço (ao menos nesses instantes) como recente desperto; sem par, com muitas dúvidas, sentindo meu colossal corpo se estriar, distendendo-se pra não sei onde!
Algumas galáxias já sumiram dos meus quadrantes, minhas estrelas se transformam em pulsares, enquanto que, como úlceras, tantos buracos negros devoram elementos celestes saudáveis. Acho que estou morrendo; e quem irá me confortar?
Espere. Existem outros seres menores, como delicados vermezinhos polvilhados em diversos pontos do meu corpo, que entendem sobre a morte, fragilidade e desesperança. Talvez me ajudem a entender a minha própria entropia... Eu só preciso conhecer a sua língua.
Eu só preciso os convencer a me contar suas histórias!
Anderson Dias Cardoso.
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