De continente; os tremores e cisões lhe transformaram em ilha, na qual, se afastando mais e mais, resolveu-se por si metamorfosear-se novamente.
Despiu-se do desnecessário, deixando pó e pedras.
Do tronco, galhos e folhas de uma árvore antiga se ergueu em proa e mastro. Navegou solitário por mil anos, ou até se solver no sal do mar.
Foi quando o sol apareceu para lhe aquecer o corpo diluído, e o convidou para continuar sua jornada.
E eis que agora era chuva que costeava o continente... Com felicidade certa, se derramaria sobre aquelas amadas terras.
Anderson Dias Cardoso.