quinta-feira, 21 de maio de 2015

O Caminho.



De continente; os tremores e cisões lhe transformaram em ilha, na qual, se afastando mais e mais, resolveu-se por si metamorfosear-se novamente.
Despiu-se do desnecessário, deixando pó e pedras.
Do tronco, galhos e folhas de uma árvore antiga se ergueu em proa e mastro. Navegou solitário por mil anos, ou até se solver no sal do mar.
Foi quando o sol apareceu para lhe aquecer o corpo diluído, e o convidou para continuar sua jornada.
E eis que agora era chuva que costeava o continente... Com felicidade certa, se derramaria sobre aquelas amadas terras.

Anderson Dias Cardoso.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

A Montanha.

Era certo que havia uma montanha a ser transposta.Colossal, sólida; terrível trabalho para aqueles braços cansados, e alma entristecida.Mas eis que lhe chegou um sábio, que se debruçou sobre seus ouvidos e lhe ensinou.
-Peça emprestado picareta, pá e carriola.Quebre a parte que couber às forças do dia.Quando se cansar, apanhe as pedras soltas e carregue para onde o destino lhe incumbiu!
O homem partiu dalí satisfeito!Havia solucionado o problema do mancebo!
O monte continua no mesmo lugar, e quanto ao jovem...



Anderson Dias Carsoso.
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