quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Sincero Consigo...


À despeito desta minha indiferença, que sem perceber feriu tantos, intencionalmente deixou morrer alguns, e me fez olhar distanciado tanta dor que me rodeia...
À despeito desta minha má vontade, minha amargura, minha ironia...
À despeito desta minha preguiça ocasional, meus desprezos por convenções e minha falta de humildade...
À despeito destas minhas criticas, das quais sempre classifico de sinceras, oportunas e construtivas, mas que me servem como palco demonstrativo de minhas inteligências...
À despeito destas minhas mentiras, minhas meias verdade e meu silêncio omissivo...
À despeito desta minha santidade farisaica, esse amor fingido, esse “quase se importar” sou alma que tenta ser gente; sou esperança da remissão de minhas maldades!
Sou verme entristecido pela inerência de minhas maldades; que enxerga outros iguais; que não se enxergam a si mesmos...


Anderson Dias Cardoso.

domingo, 16 de setembro de 2012

A Humildade Dos Seres Pequenos...


Acordou enxergando em negativos todos os espaços e medidas; e, do núcleo atômico à seus elétrons se perdeu na imensidão de vazios de uma pequena molécula!
Do mínimo passou à vastidão do vácuo de toda substância; os infinitos que se atraiam na coesão dos corpos; da porosidade da pele ao pequeno estorvo pontilhado de astros viajando na negrura da expansão, em uma estranha harmonia sem toque.
E notou novas dimensões de solidão; em corpos abandonados além de qualquer contato; de uma aglomeração de nada entre os tangos cosméticos.
Tudo era vastidão solidária, e é atração intuitiva, se não; divina!
É o habitat das insignificâncias... É a junção harmônica de todas as potências!
E ele se notou ponto perdido em tais grandezas; assim como o planeta em que habita, o Sol que o aquece e os caminhos das composições estelares desta tão modesta Via Láctea!         


Anderson Dias Cardoso.
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