À despeito desta minha indiferença, que sem perceber feriu
tantos, intencionalmente deixou morrer alguns, e me fez olhar distanciado tanta
dor que me rodeia...
À despeito desta minha má vontade, minha amargura, minha
ironia...
À despeito desta minha preguiça ocasional, meus desprezos
por convenções e minha falta de humildade...
À despeito destas minhas criticas, das quais sempre
classifico de sinceras, oportunas e construtivas, mas que me servem como palco
demonstrativo de minhas inteligências...
À despeito destas minhas mentiras, minhas meias verdade e
meu silêncio omissivo...
À despeito desta minha santidade farisaica, esse amor
fingido, esse “quase se importar” sou alma que tenta ser gente; sou esperança
da remissão de minhas maldades!
Sou verme entristecido pela inerência de minhas maldades;
que enxerga outros iguais; que não se enxergam a si mesmos...
Anderson Dias Cardoso.
2 comentários:
Nem todos são o que são por que querem, muitas das vezes somos movidos por ações e atitudes involuntárias oriundas da nossa natureza, personalidade, como o escorpião que por natureza mata, assim também alguns de nós temos uma natureza não tão agradável. Mas acredito que o alto reconhecimento do mal que ha em nós, já é um grande passo para mudança.
Excelente texto
Pois não consigo ver tudo isso em um "vocÊ", em outros, e talvez seja injusto ao dizer que... sim. De qualquer forma o que vale é essa introspecção. É sempre bom que reconheçamos nossas deficiências, limitações. É o caminha mais próximo para a humildade e competência humana.
Um abraço.
Até mais ler.
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