O Seio lactante é permissão para o nascimento, o movimento da senzala à casa grande;
permuta forçada de almas!
As negras não devem ser mães.
O colo negro acolhe as crias; branca e preta.Os peitos vertem "vida" nas bocas "ávidas", e a Sinhá sorri de alívio ao tocar o seio seco.
As bocas sugam, as carnes se engordam da fartura láctea, mas aquela branca se escancara mais, e o quinhão maior exaure a fonte!
A boca negra geme de fome, e os olhos escravos libertam a lágrima.
As negras não devem ser mães.
O colo negro acolhe as crias; branca e preta.Os peitos vertem "vida" nas bocas "ávidas", e a Sinhá sorri de alívio ao tocar o seio seco.
As bocas sugam, as carnes se engordam da fartura láctea, mas aquela branca se escancara mais, e o quinhão maior exaure a fonte!
A boca negra geme de fome, e os olhos escravos libertam a lágrima.
Uma alma se apruma, a outra, raquítica, mingua.
Uma salta do colo, a outra desce à cova!
Num devir, o branco se doutora, às custas do leite africano.
E à negra qual recompensa?
Negras não devem ser mães...
Uma salta do colo, a outra desce à cova!
Num devir, o branco se doutora, às custas do leite africano.
E à negra qual recompensa?
Negras não devem ser mães...
Anderson Dias Cardoso.