sexta-feira, 24 de novembro de 2017
A Guerra.
Encontrava-me sob bombas.
Milhares, derramadas de um céu escuro, em todas as direções.
Cadáveres lançados de uma parte a outra, enquanto sirenes e vivos uivavam em meio ao
fumo.
Nada além do medo e a dor de todas aquelas infelizes almas, abatia-me.
Não havia bala sequer que me resvalasse.
No entanto, à despeito de toda tragédia, era eu o único ali a sofrer.
Ninguém padecia verdadeiramente e nenhum deles morria para sí mesmo.
Eram bonecos feitos de sonhos, espetáculo emulado, interativo a um só espectador.
Anderson Dias Cardoso.
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