Era daqueles escritores habilidosos que tratavam bem suas
melancolias; bom sabedor dos artifícios de sublimação de seus dissabores em
literatura ao menos razoável.
E quando, às vezes a mente lhe negasse o verbo o dedo
somatizava pauta e parágrafo, com saltos hesitantes e espaços exagerados!
Era quase sadismo revertido à fonte!
Uma compressão espasmódica de dores próprias para um tenso jorro
literário!
Da felicidade sabia um tanto, porém não comunicava nada!
Era sentimento inda mais solitário; era plenitude por si só!
Da felicidade não diria nada, bastava egoístamente senti-la!
Anderson Dias Cardoso.
2 comentários:
E estas fotos que falam tudo? rsrs...Parecem que foram feitas para teus textos! Que por sinal, foram feitos para as fotos! Enfim..obras de arte puríssima! Parabéns!
Há, oh arrebatadores versos, escritos em prosa! Devia tentar poesia tbm.
Lindo escrito!
Palmas, palmas...
Até mais ler.
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