Todos os dias, depois de seu trabalho de meio período, e
seus afazeres domésticos, se encontrava ali, no cais. Mesmo lugar, hora,
posição; em frente à rampa de desembarque do velho “Catarina”.
Todos de sua família, seu único amigo, e as pessoas que zombavam
dele, o chamando de “doidinho do barco”, sempre perguntavam por quem esperava,
e se seria merecedor de tamanha consideração. Ele respondia que saberiam quando
a encontrasse.
O corpo franzino desceu à cova no dia 08 de setembro, e
ninguém estava por perto quando eles se abraçaram.
Anderson Dias Cardoso.
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