Nunca vi o mar,
Nem provei seu sal.
Mas sigo sentado na praia,
Sem água, sombra, soda ou sol.
Sem água, sombra, soda ou sol.
Não há ondas, nem vi gente,
E se o vento sopra, não é em minha direção.
Parece que não é bem assim.
Não há lugar aqui.
Não há lugar algum.
É só saudade e dor.
Eu não devia...
Eu não queria ser.
Alguém em meu lugar.
Alguém que eu não sou!
A maresia,
Deste mar sem água.
Esse marasmo,
dor vazia que não se disfarça.
dor vazia que não se disfarça.
A sombra projetada não esconde,
A dúzia de passos cambaleantes
Que deixei atrás de mim.
Que deixei atrás de mim.
O corpo cansado diz,
Que eu já devia estar em casa.
Que eu já devia estar em casa.
Mas eu vou um pouco mais.
Eu vou um pouco além.
Quero me perder
No silêncio
Na cilada
Que a vida armou pra mim.
Anderson Dias Cardoso.
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