Resolveu esmolar, mesmo sendo discreto milionário e vestiu
paletó e gravata, perfumou-se com importado e seguiu com persona
agradabilíssima pedindo trocados para almoço e bebidas finas.
Percorreu curto caminho abordando todo transeunte possível e
notou que a simpatia do sorriso e o alinho das vestes rendiam mais dinheiro que
qualquer dor ou chaga dos desprovidos!
Logo teve bolsos pesados, antes mesmo do estômago ser um
incômodo, e decidiu-se pelo almoço forçado em lugar que o cortejo de
bajuladores se formava pela suspeita de posse.
Escolheram-lhe a mesa adequada, postaram o prato caro do
qual o garfo apenas importunou algumas folhas e grãos, e ao sorver todo o vinho
de uma garrafa o coração se alegrou ao ponto de a gorjeta ultrapassar o valor
do serviço...
Quando deixou o restaurante a alma havia se expandido em
suas perspectivas, e decidiu implorar por doações maiores para, quem sabe, um
Porsche novo.
Anderson Dias Cardoso.
2 comentários:
O que você está esperando para ocupar um lugar na academia brasileira de letras?
Olavo Bilac, lá do céu, já mandou dizer; "Diz pra quele menino que exerce tão bem o lácio, para me ocupar o espaço na academia"
Rsrsrs. A literatura estava precisando de reforço.
Palmas, palmas...
Até mais ler.
Tá vendo o que o colega falou? rsrs
Quanto ao texto parece o pobre menino rico, sempre esmolando...
Postar um comentário