Quero repouso para o espírito, e me perdoe meu siso; ele me
acompanha desde a meninice!
Não me adiantaram os teus palhaços, piadas e caretas visto
que meu mau-humor é hereditário, e o riso é como feriado... Vez em quando.
Não me peçam para mostrar-lhes os dentes, não me venham
coagir com cócegas, pois toda alegria forçada é espasmo não verídico; e se tem
estima pela minha presença, respeitem também meu silêncio!
Sou bicho remoente de pesos que me lançam; e ainda por
despeito, abraço por mim mesmo outros encargos!
Miro-me amargoso em tuas falhas, enquanto averiguo as
minhas; critico teus procederes enquanto me culpo pelos meus; reparo tuas
invejas, as preferindo à minha indiferença!
Sou bicho angustiado, e não se engane; quando sorrio, minto!
Anderson Dias Cardoso.
4 comentários:
Muita sensibilidade ao ler uma pessoa por dentro. Profundo. Exato. Chega a assustar... e a encantar também.
Aurian de Lira
E é mais poesia em prosa, em conto.
É mais certeza de que a literatura conta com o seu arsenal de maravilhas, de textos. Esse amontoado de palavras que grita, escancara a alma. É mesmo muita sensibilidade.
NO mais. Só minhas sempre, Palmas!
Até mais ler.
Anderson pq vc bate assim sem pudores na cara da gente com teus textos? Verdades doem rsrsrsr.
Feliz dia das crianças dá uma olhada nos que vc ainda não leu sobre o tema
http://deanomundo.blogspot.com.br/search/label/crian%C3%A7a e vota de novo passei pro segundo turno rsrs
beijão entra um dia no msn pra gente bater papo
Pretty bom post. Eu só tropeçou em seu blog e queria dizer que eu realmente gostei de visitar seu blog. Em todo o caso eu vou estar assinando seu feed e eu espero que você escreva novamente em breve!
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