Era uma lagarta inapetente, avessa às verdes folhas à
despeito das obrigatórias reservas para transformações; permanecia na aparência
de galho esbelto.
Não havia desejos por vôos, paciência para um claustro e
dinâmicas de mudança.
Queria seguir o percurso da calma da existência acomodada ao padrão da forma presente!
Queria seguir o percurso da calma da existência acomodada ao padrão da forma presente!
Era lagarta anêmica, foi bicho solitário, permaneceu
convicta, ainda quando as irmãs coloriram os céus!
Não polinizou flores, não provou néctar, não sentiu-se sendo
carregada pelas brisas...
Comum, do princípio ao fim!
Uma rebeldia chamada acomodação!
Anderson Dias Cardoso.
4 comentários:
Forte! Como sempre. Lindo também.
Profundo demais, tem visto muitas borboletas no jardim?...
nQue lindo! E claro, sempre impactante.
Beliscando os dormentes?
E muitos de nós somos assim...Acomodados demais! Uma lagarta que precisa urgentemente virar borboleta!
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