E eis que o Demônio lhe anotava os pedidos na rota caderneta.
-Confere: um quarto com banheira, um sabonete, um pente resistente para desemaranhar as madeixas, dois barbeadores e uma garrafa de aguardente... Quase se desculpava por pedir tanto.
-Um papel e caneta, para algum recado?
-Para que?Devo causar mais ainda mais dor e vergonha?
As palmas o levaram para o canto desejado, e seu ritual de limpeza seguiu-se à uma última embriagues, e o corte fino da navalha fez deixar do corpo todo sangue.
-As barganhas são mais excitantes que acidentes! A trapaça nos cai melhor do que a violência- segredou alguma voz nas sombras.
-E são as sepulturas que me acolhem os maiores tesouros; debochou um outro escuro, ao pé da cova recém cavada.
Anderson Dias Cardoso.
Um comentário:
E olha eu aqui de novo... depois de tanto tempo, precisava me realimentar de bons escritos e nada melhor que os seus para me fartar... kkkkk, como sempre seus textos dão um show, sem muito oq dizer pq msm ainda depois de tempos, esgotaram os meus elogios, nada posso dizer além de que este foi mais uma prova de que vc é um gigante da literatura brasileira!
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