...E na terra mãos humanas começaram a forjar deuses de carne,na
medida dos nossos desejos,por vezes deuses impostos,iluminados pela
aura da tv,resguardando seu vazio através da distância.Vestiram-nos de
valores não seus,multiplas vidas de infinitos significados,confundiram
os à moda,às "tendências" e ideologias,vendendo-os como uma
verdade,transformando-os em padrão;e eu procurei enxergar a verdade
por trás do produto,e o encanto se desfez,e me foram desnudadas as
fragilidades do ser,e os deuses se juntaram a mim no
horizonte,depositando seus orgulhos na poeira olharam se no espelho
procurando se encontrar,e descobriram-se como deuses enrugados,de
mechas grisalhas,e no reflexo estava impresso o seu passado,e notaram
fãs gritando seus nomes à substância,porém seu calor não os aquecia
pois era essa substância que o absorvia,e sentiram se um pouco vazios,e notaram que aquelas mesmas mãos que os fizeram manuseavam suas riquezas,com sorrisos satisfeitos e apontavam no menu outros deuses para protagonizar novas histórias,e então eu notei que "desta vez" Nietzche estava certo,e senti pena dos deuses...
Anderson Dias Cardoso.
2 comentários:
OLá Anderson, aqui nesse universo eu estou Centelha Luminosa, mas lá no orkut, ou na comunidade PDA ( Poesia, Diversão e Arte,estou Simplesmente Lu...
Li seu poema "Deuses Perecíveis" por lá, e como deixou o link daqui, vim correndo..rsss
Meu amigo, esse seu poema é fantástico, muito apropriado para o momento político de hoje e de sempre em nosso País, ou também, do endeusamento de ídolos frageis, pelo povo brasileiro. Não sei se foi essa sua intenção, mas te confesso, que a medida em que fui lendo seu belo texto, meu pensamento registrou o que citei acima. Vejo como uma importante crítica em forma de poesia. A D O R E I !
Ahh...tenho um blog em início, quando puder, apareçaaaaaa!!
Bjosssss
Gostei muito do texto, da crítica em forma de poesia. Comentei na comunidade e passei pra visitar o seu blog e ler mais uma vez a Narração de uma metamorfose Humana cada vez mais preocupante. O humano virou a coisa. Um produto, um outdoor humano que segue deuses midiáticos e a sua modança comportamental. Muito bom. lembrei do poema "Eu etiqueta" de Carlos drummond de Andrade. Parabéns.
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