terça-feira, 4 de agosto de 2015

Uma Pequena Crônica Sobre Pessoas, Super-Heróis, e o Fim do Mundo.

Uma raça com a tecnologia avançando exponencialmente, a longevidade proporcionada pela informação, saneamento, medicina acessível, drogas, etc; uma incrível nostalgia, e a nova onda de personificação, não só de pessoas, mas de personagens(quem diria que veriamos tantos Kens, e Barbies humanos!?).Imagino daqui algum tempo, um condenado despertando depois de alguns bons anos em qualquer prisão criogênica. Uma vez solto naquele mundo de neon, hologramas e propagandas interativas e multidimensionais/sensoriais; este se encontraria numa realidade que corresponderia a uma espécie de encruzilhada intergalática, ou um plano de "realidade ficcional"!
Com próteses, gadgets, implantes, modificações genéticas, não seria difícil esbarrar com um fã de Alien, transmutado no próprio monstro, dividindo lugar em uma fila de banco com nosso amigo egresso do cárcere.Um homem, com quem cruzaria num fast food, haveria trocado três de seus membros por próteses, numa loja de corpos, posteriormente procurando uma clínica de mutilação de tecidos e emulação de texturas, para que lhe incendiassem a pele na porcentagem correta preceituada pela mitologia da série.No shopping autorizado completaria seu paramento, adquirindo o tal  respirador e o sintetizador de voz, que é pra dar aquele charme. Pronto! Agora seria um dos milhares de Dart Vaders espalhados pelo mundo!Um garoto, de um pouco mais de dezoito anos, (reconhecido por sua voz oscilante, e a pele fresca de suas mãos, ainda não envelhecidas pelo revestimento sintético, o atenderia no setor de frutas de um supermercado, vestindo o corpo, as rugas e as roupas do "Padrinho".Certamente não aceitaria laranjas, se lhe oferecesse.
Seria interessante que desse uma passada no Bar Elemental, para ouvir, nas quarta feiras, a mais perfeita, e afinada cópia  de Diva Plavalaguna, com aquela maravilhosa, e lustrosa tês azul, e seus apêndices descendo delicadamente de ambos os lados daquele seu crânio alongado.Ah!Aquela voz!
Os problemas sociais naquela época seriam um pouco diferentes.Ao menos para uma parte da população!
Preconceitos com a classe dos mimetizadores de baixa renda, e a ostentação dos mais abastados.  os conflitos para incorporar a identidade do seu “ídolo” oficialmente (assim como no caso dos Highlanders, só pode haver um!), o mercado negro, os implantes, transplantes, cirurgias, adaptações, alterações feitas por profissionais do mercado paralelo, as crises de identidade, o investimento no desenvolvimento de super-poderes que acabarão por transformar as pessoas, de fato, no que elas almejam!Tanto vilões, quanto mocinhos!
O fim do mundo será uma coisa dantesca, proporcionado por seres lendários...


  
Anderson Dias Cardoso.

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