domingo, 2 de janeiro de 2011

Cães e Seus Mendigos...

Quando "Matilha" tornou se em "Família" e tantos andrajosos se puseram
nas ruas cercados por procissões caninas compartilhando
tristezas,afetos,e restos de pratos frios!?
Sociedades heterogêneas de indivíduos excluídos criam universos
paralelos onde a visão da indiferença não alcança.
Pets tornando se entes?
Que absurdo!
Absurdo de afeto nobre que por falta de almas dignas se confere a
seres sem alma!?
É amor entre iguais; entre os "cães" das cidades; quadrupedes e
bípedes; nobres excrementos sociais.
Incrementos que enfeiam paisagens  mas amor que comove e se doa em
verdade, amor que pouco espera e de migalhas se agradam...
Migalhas de pão...
Migalhas de afeto!!!

Anderson Dias Cardoso(Buru.)

3 comentários:

raylsonbruno disse...

Sem alma? Jamais! Muito mais alma que muitos de nós.

É Comigo??? disse...

Só uma observação:Eu utilizo no poema a perspectiva filosófica dicotomista da alma neste poema e nessa há possibilidades de confundir a alma com espírito,e nesse caso eu me utilizo desse recurso,assim eu quero dizer que os animais não tem "espirito",(o que é a realidade)para fazer contraste entre os cães que não são dotados dessa faculdade e oferecem possibilidades afetivas que os humanos deveriam oferecer,ou seja faço um contraste entre os cães e os homens...

Carol Miskalo disse...

Nossa!!! Que lindo esse texto...
Tomei a liberdade de publica-lo no meu blog.

Parabéns!
É bem o que as pessoas precisam ouvir nesse incio de ano!!!

Carol Miskalo
avozeminha.blogspot.com

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