sábado, 19 de junho de 2010

Singela Homenagem ao Primeiro Jogo de 8 Bits que Joguei!!!

Me lembro a primeira vez que vi um "Super Mário", na minha época estávamos acostumados com jogos do Atári, tosquissímos, repetitivos, e limitados pra caramba, e estava ali, aquele vídeo game de 8 bits, com gráficos "muito mais elaborados...", pois é você talvez não tenha noção de como eram raros os vídeo-games, e os mini-games eram um sucesso, com aquela meia dúzia de pixels, mas ainda assim eramos felizes!!! Mesmo sem Xbox, Playstation, e com aqueles trocinhos que só com muita imaginação daria pra reconhecer como uma personagem... E para homenagear esse italiano comedor de cogumelo (meio esquisito um cara comer cogumelos e ficar poderoso, se bem que o Popeye comia espinafre e ficava forte...é gente, to começando a achar que vídeo game é mesmo coisa do diabo!!!) eu axei um beatbox muito bacana, e um pianista brutissimo para tocar aquelas musiquinhas mó bacana do jogo! Quem foi que disse que jogo não é cultura???



quarta-feira, 16 de junho de 2010

Shhhhhhhhhhhhhhhhh....


Palavras...Elas cantam jubilosas as malicias, e saltam de boca a boca causando delírios, criando realidades...As palavras são o nosso caos; desconstruindo as confianças, brincando, travessas com o pranto e desrespeitando as dores...Elas se escondem do confronto, dissimulam ocultas nas sombras das intenções, saindo cálidas dos lábios e tornando se morte ao coração...Fecho meus ouvidos as lisonjas, as verbosidades, e me atiro na segurança do silencio, onde tenho por amigo a solidão, e lá que me acalmo, e comigo me sento a olhar toda a vida...sem palavras.

Anderson Dias Cardoso. 

Escrevi quando tinha 15 anos...


A acolhida do fecundo que, envolve, abraça... guarda.

Nutre-se do humo, e rega-se com pouca água, mas ainda nasceria na esperança do viço e fortaleza!

Então rompeu-se numa noite este mesmo solo, erguendo-se orgulhosa, mas estava sozinha... no negrume da noite, então estendeu seus tenros caules, clamando o espaço que lhe cabia. Tateou, e desbravou, distendendo seu corpo, apalpando o vácuo, até alcançar algo.

Mas a aurora não tardou.
Trouxe o deslumbre da clareza, e o calor agradável; e como ela amou o dia!

Mapeou os detalhes de sua delicadeza e o vigor de suas folhas que lutavam consistentes contra cada leve brisa que lhe brincava o corpo.
O tempo se orgulhava dela, e do seu orgulho coroou-lhe a cabeça com pétalas perfeitas, rubro-sangue; tornando-a toda vaidade, e amor vivo.

Mas o quotidiano trouxe a naturalidade, e ao luz do dia tornou-se banal, pôde daí explorar, não ela, mas os contrastes delineados também pelas trevas, entregou sua atenção ao horizonte, e seu coração se encheu de tristeza, quando o que se encontrou foi a aridez do solo pobre, e uma vegetação rala, acizentada. Pela primeira vez sua radiância e beleza eram motivo de vergonha, distância ingrata que poderiam invejar! Oh! Desgraçados arbustros, queimados de sol, troncos aberrantes que torciam, e espiralavam, ferindo o vento com seus espimhos, e galhetos rudes.

Espaço de amarelo doente...morto!

Tamanha vergonha! Encolheu os galhos, e sentiu rasgar-se em sulcos o corpo, que jorravam agonia. Cada pétala perdeu seu brinho, o perfume desapareceu, e a rosa foi abrançando-se, rompendo-se em rugas e por fim, deixando cair pétala a pétala no chão poerento...

Tornou-se ramo, raquítico, a quem o vento, a incapacidade de absorvição de suas raízes, que atrofiaram, servindo apenas de alimento aos parasitas... O sufocaram.

Da rosa, o que restou senão sua beleza, que ainda se faz lembrar nas mais doces reminiscências daquela vegetação tão feia... tão viva!

Anderson Dias Cardoso. 
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